Sabe aquela sensação infantil? Neste momento, surge em meu ser, estufo o peito, apenas um murmúrio risonho: ''Ai que saudades da minha infância!''. Papa-léguas, Três espiãs demais, Super Shock, Baby Looney Tunes, Piu-Piu, Franjola, Ton e Jerry, Bob Esponja, Pica-pau, Corrida Maluca, Du Edu e Dudu, Pooh... Desenhos que não cansavam. Acordar cedo ou tarde, não tinha rotina, levantava, a mãe trazia o café enquanto se acomodava num sofá a espera de um desenho, de umas boas gargalhadas de um mundo irreal, mas naquele tempo, significante.

Saudades daquele copo com leite com Nescau, de dormir 12 horas seguidas, as vezes da vontade da mordomia, do não fazer nada o da inteira, comer, assistir, brincar e o mundo lá fora? Naquele tempo, desconhecíamos.
Gosto de receber meu salário, de comprar as minhas coisas, de trabalhar, de ser uma peça fundamental no local onde exerço minha função, é valorizante, é gratificante, é crescer, é querer chegar a fase adulta sabendo como o mundo é e como se portar perante ele. Mas todo dia, no despertar da mesma hora de todos os dias, levanto, me arrumo, tomo o café e ligo a TV, não tem como não sentir vontade de ir até a sala, assistir um bom desenho e gritar: _Mãaaaae traz o Nescau!
Todos passam por fases, é uma regra, crescer mentalmente é uma tarefa difícil para quem pensa que a vida só gira entorno de um sofá, por isso a gente sai e dá de cara com o mundo, assim passamos de fase e agimos como é necessário neste período! Faz o que se deve fazer mas sempre com um sentimento bobo, de saudades relembrando o quão bom era não ter responsabilidades, de rir, brincar e achar que o mundo era um desenho animado de um festival de desenhos no canal da Globo.
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