''
Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei.''
Caio Fernando de Abreu
Simples Assim
mas tão significativo.
Mas eu sou mesmo um clichê. Um daqueles bem água com açúcar, sabe? Um melodrama de quinta. Uma comédia romântica, que você não se cansa de ver num domingo a tarde. - Querido John
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
E quando faltar fôlego, pare, repense, ande mais devagar.
E quando faltar sorrisos, faça cócegas.
E quando faltar confiança, confie em si mesmo, se souber
quem você é.
E quando faltar esperança, busque um motivo para acreditar.
E quando faltar paciência, engula a raiva e descarregue em
um travesseiro.
E quando faltar uma companhia, se olhe no espelho e
converse.
E quando faltar determinação, trace um objetivo que você
queira.
E quando faltar amor, ame a si mesmo.
E quando faltar vontade de viver, saiba que todas as faltas
aí em cima são motivos.
Se faltar, corra atrás.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Amadurecer
Completei 18 anos a um mês atrás, ufa! Parecia que nunca
ia chegar! Acredito que estou bem encaminhada, minha profissão já escolhi só
falta voltar a exercer ela. Trabalhar e estudar todo dia, chegar na sexta a
noite suplicando um travesseiro e um bom café para espantar o frio do inverno
exagerado de Bento Gonçalves. Confesso que os meus 18 anos não simbolizaram
minha independência, minha realidade há uns bons 3 anos já me tornou. Que bom! Não tem melhor sensação do que ter conquistado algo com
a tua capacidade, pelo teu potencial e vontade de alcançar. Mas o que é
independência lá fora? Amadurecer é um processo diversificado para cada ser
humano, uns com caminhos curtos, fáceis de amadurecer, outros parecem que nunca
irão chegar, que dificuldade ein! As vezes penso que faltou ‘’laço’’ lá na
infância até a adolescência ou até na fase adulta, a tão famosa palavra mimar é um dos
pontos que ajudam a entardecer este processo. De uma coisa, tenho certeza: A
gente só amadurece depois que abre a porta lá fora, sair do próprio cubículo que na
infância dá medo, ficar longe dos pais é aterrorizador, na fase adolescente é o
que mais se quer, com revoltas frequentes, querendo liberdade e
quando chega da hora H? Ficar ou sair, muitos ficam porque tem medo do novo, das
pessoas com princípios diferentes, medo do NÃO quando se quer algo, medo de ser
um adulto com seus próprios valores, opiniões e ideias, talvez estas três palavrinhas
não estão ainda totalmente desenvolvidas no pensamento de uma pessoa, por isso
regridem, travam, se acomodam.
E quando a gente sai lá fora, aprende errando, aprende com as lições de moral ou belos chingões, e as vezes dá vontade de voltar pro nosso cubículo, a gente tem que permanecer, tem que enfrentar, mostrar capacidade de resolver os problemas sozinho. Mas que é bom, quando dá uma brecha, ir correndo pro colo da mãe, isso é!
Entendo que amadurecer não requer ficar sozinho o tempo todo, sem precisar de ninguém, é poder resolver os problemas sem recorrer tudo aos outros, ter sua própria atitude e dar valor, pelo que tu é, pelo que tu vai fazer ou ser futuramente, é poder equilibrar sua vida tanto dentro ou fora do seu cubículo. Cubículo este, o único, que transmite segurança e a liberdade que imaginávamos.
E quando a gente sai lá fora, aprende errando, aprende com as lições de moral ou belos chingões, e as vezes dá vontade de voltar pro nosso cubículo, a gente tem que permanecer, tem que enfrentar, mostrar capacidade de resolver os problemas sozinho. Mas que é bom, quando dá uma brecha, ir correndo pro colo da mãe, isso é!
Entendo que amadurecer não requer ficar sozinho o tempo todo, sem precisar de ninguém, é poder resolver os problemas sem recorrer tudo aos outros, ter sua própria atitude e dar valor, pelo que tu é, pelo que tu vai fazer ou ser futuramente, é poder equilibrar sua vida tanto dentro ou fora do seu cubículo. Cubículo este, o único, que transmite segurança e a liberdade que imaginávamos.
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Ciúmes?
E com um pedaço de uma crônica fantástica de Fabrício
Carpinejar sobre ciúmes começo meu texto.''Ciúme bom é flagrante, é catarse.
Sentiu, falou, acabou. Ciúme ruim é dissimulado, reprimido azedará em
segredo.''
Pois bem, quem é que nunca sentiu ciúmes que atire a
primeira pedra! Pior de tudo é quando se sente essa sensação e guarda, guarda,
guarda até que um dia explode e não por um motivo só, é uma sequência de itens,
com certeza bem detalhados, porque caro leitores, mulher é perfeccionista em
tudo, garanto. Talvez venha da própria pessoa, da personalidade desenvolvida. Vamos
ver se consigo explicar. Mulher que gosta de uma confusão não leva desaforo para
casa, é simples, grita, faz o maior barraco e fim. Aliviada. Passageiro.
Ah e tem aquelas mulheres que preferem uma DR entre quatro paredes e aí sim o
homem se vê encurralado. Perguntas e mais perguntas, que para nós se encaixam
perfeitamente com a situação e eles perguntam, tentando amenizar: ‘’Ai amor, tá
com ciúmes é?’’ Imagina só se estaríamos jamais confessaríamos mesmo que a
resposta seria sim! Pior de tudo é quando se guarda cada ciuminho e quando vê
se torna um ciumão, daqueles que se tocar, explode, cuidado, lá vem tiros de todos os itens armazenados da mente poderosa de uma mulher.
Acho que é interessante ter aquele ciúmes saudável, bobo que não faça a gente
perder a cabeça, mas quando cenas estão na cara e a gente começa a guardar, só tenho uma coisa a dizer: Sinto muito mas cedo ou tarde, isso vai
explodir, como um balão. Que tal conversar primeiro, se não adiantar, toca
ficha então.
‘’ Ciúme é natural no amor, como cachaça em prateleira do
boteco.
Apagar o ciúme é apagar, da convivência, a embriaguez da paixão, anular o
sentimento de pertencimento, é retirar a insegurança que nos torna atentos.
Ciúme é curiosidade, é a vontade de saber, de descobrir, de atualizar a
relação. Nada de errado.
O que morro de medo é do ciúme retardatário, o ciúme premeditado, o ciúme
friamente planejado. Quando a esposa silencia para cobrar no futuro.’’
Fabrício Carpinejar.
sexta-feira, 8 de março de 2013
Hoje o tempo voa amooooor ♪
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir
Eu quero crer no amor numa boa
E que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Que não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir ♪
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Querida infância
Você já conseguiu parar dois minutos da sua manhã para assistir um desenho animado? Não? Bem-vindo a fase: RESPONSABILIDADE!
Sabe aquela sensação infantil? Neste momento, surge em meu ser, estufo o peito, apenas um murmúrio risonho: ''Ai que saudades da minha infância!''. Papa-léguas, Três espiãs demais, Super Shock, Baby Looney Tunes, Piu-Piu, Franjola, Ton e Jerry, Bob Esponja, Pica-pau, Corrida Maluca, Du Edu e Dudu, Pooh... Desenhos que não cansavam. Acordar cedo ou tarde, não tinha rotina, levantava, a mãe trazia o café enquanto se acomodava num sofá a espera de um desenho, de umas boas gargalhadas de um mundo irreal, mas naquele tempo, significante.
Engraçado que nessa idade queremos ser adultos, trabalhar, ganhar dinheiro, não discordo, tudo isso é um crescimento para nós, mas e hoje? A rotina e a pontualidade cansam não é? Stress, lidar com pessoas, criar melhorias, trabalhar, preocupar-se com qual profissão seguir. Estudar e trabalhar, trabalhar e estudar e por fim, dormir. Essa é uma rotina semelhante de muitas pessoas!
Saudades daquele copo com leite com Nescau, de dormir 12 horas seguidas, as vezes da vontade da mordomia, do não fazer nada o da inteira, comer, assistir, brincar e o mundo lá fora? Naquele tempo, desconhecíamos.
Gosto de receber meu salário, de comprar as minhas coisas, de trabalhar, de ser uma peça fundamental no local onde exerço minha função, é valorizante, é gratificante, é crescer, é querer chegar a fase adulta sabendo como o mundo é e como se portar perante ele. Mas todo dia, no despertar da mesma hora de todos os dias, levanto, me arrumo, tomo o café e ligo a TV, não tem como não sentir vontade de ir até a sala, assistir um bom desenho e gritar: _Mãaaaae traz o Nescau!
Todos passam por fases, é uma regra, crescer mentalmente é uma tarefa difícil para quem pensa que a vida só gira entorno de um sofá, por isso a gente sai e dá de cara com o mundo, assim passamos de fase e agimos como é necessário neste período! Faz o que se deve fazer mas sempre com um sentimento bobo, de saudades relembrando o quão bom era não ter responsabilidades, de rir, brincar e achar que o mundo era um desenho animado de um festival de desenhos no canal da Globo.
Sabe aquela sensação infantil? Neste momento, surge em meu ser, estufo o peito, apenas um murmúrio risonho: ''Ai que saudades da minha infância!''. Papa-léguas, Três espiãs demais, Super Shock, Baby Looney Tunes, Piu-Piu, Franjola, Ton e Jerry, Bob Esponja, Pica-pau, Corrida Maluca, Du Edu e Dudu, Pooh... Desenhos que não cansavam. Acordar cedo ou tarde, não tinha rotina, levantava, a mãe trazia o café enquanto se acomodava num sofá a espera de um desenho, de umas boas gargalhadas de um mundo irreal, mas naquele tempo, significante.

Saudades daquele copo com leite com Nescau, de dormir 12 horas seguidas, as vezes da vontade da mordomia, do não fazer nada o da inteira, comer, assistir, brincar e o mundo lá fora? Naquele tempo, desconhecíamos.
Gosto de receber meu salário, de comprar as minhas coisas, de trabalhar, de ser uma peça fundamental no local onde exerço minha função, é valorizante, é gratificante, é crescer, é querer chegar a fase adulta sabendo como o mundo é e como se portar perante ele. Mas todo dia, no despertar da mesma hora de todos os dias, levanto, me arrumo, tomo o café e ligo a TV, não tem como não sentir vontade de ir até a sala, assistir um bom desenho e gritar: _Mãaaaae traz o Nescau!
Todos passam por fases, é uma regra, crescer mentalmente é uma tarefa difícil para quem pensa que a vida só gira entorno de um sofá, por isso a gente sai e dá de cara com o mundo, assim passamos de fase e agimos como é necessário neste período! Faz o que se deve fazer mas sempre com um sentimento bobo, de saudades relembrando o quão bom era não ter responsabilidades, de rir, brincar e achar que o mundo era um desenho animado de um festival de desenhos no canal da Globo.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Dois mil e treze
O ano praticamente começou mas não ao mesmo tempo. Claro que sabemos que 2013 só começará depois do Carnaval, isto é tradição. É um ano bom, formada no ensino médio e ingressando uma nova carreira, de início acho que estou decidida, técnico de segurança do trabalho é o meu forte, saí dessa área faz pouco tempo, estou atualmente no ramo imobiliário, gosto do que faço e principalmente do que estou aprendendo. Ao mesmo tempo que trabalho estou próxima de uma pessoa muito importante para mim e isso me dá forças. Eu estou bem, muito bem, começar com o pé direito traz sorte, espero que em todos os sentidos! Fugindo um pouco do profissional, eu ando suspirando a toa, feliz, feliz! Conheci uma pessoa incrível a nove meses atrás e é como uma amuleto da sorte, um talismã, me dá forças e energias boas. Ai quando lembro das primeiras vezes que saímos pareço não acreditar do como profundo tudo isso aconteceu e se transformou em amor puro. Imaginável a grandeza disso tudo, é incrível! Acho que agora eu consigo descrever todas as sensações de ser uma mulher amada, importante e ser única para uma pessoa. É doce, repito, doce e não enjoa, se some por minutos dá saudades, se permanece dá vontade de querer e querer mais e mais. Ah como é agradável, confortante, parece que aquele tempo atrás nem aconteceu, deletou-se, a felicidade tomou conta de tudo, xô deprê!
É fascinante como o ser humano é capaz de tornar uma pessoa tão essencial na vida dele e principalmente que juntos não precisarem de mais nada, ninguém. Sorrisos, beijos, abraços, dengo, mordida, tapas, eu te amos a toa. Quem ama e é amada entende, é outro papo, é outra história.
Acho que quando você menos espera esse alguém aparece e você começa a entender que toda aquele melosidade faz sentido e é essencial, porque amor não tem intensidade limitada, tem que amar mesmo, loucamente, sem rotina, sem medo, tem que fazer história, tem que ser inesquecível, tem que fazer valer a pena para existir para sempre.
O meu sincero: Curtam a vida para vocês ao lado de quem lhe fazem bem, lhe tragam alegrias!
É fascinante como o ser humano é capaz de tornar uma pessoa tão essencial na vida dele e principalmente que juntos não precisarem de mais nada, ninguém. Sorrisos, beijos, abraços, dengo, mordida, tapas, eu te amos a toa. Quem ama e é amada entende, é outro papo, é outra história.
Acho que quando você menos espera esse alguém aparece e você começa a entender que toda aquele melosidade faz sentido e é essencial, porque amor não tem intensidade limitada, tem que amar mesmo, loucamente, sem rotina, sem medo, tem que fazer história, tem que ser inesquecível, tem que fazer valer a pena para existir para sempre.
O meu sincero: Curtam a vida para vocês ao lado de quem lhe fazem bem, lhe tragam alegrias!
Que 2013 seja 13 sorrisos diferentes por um mesmo motivo: Conquitas.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Olá galera, tempão que não posto nada aqui, agora trabalhando, estudando e tudo mais é complicado, mas vim agradecer a todos que continuam visualizando meu blog e depois de muitos textos tristes, abaixo segue a foto da razão pelo qual não paro de sorrir!
Sem querer esse dia chega, aí você esquece dos outros e agradece os que vem, com um único pedido: que seja com ele, pra sempre, pra sempre.
Sem querer esse dia chega, aí você esquece dos outros e agradece os que vem, com um único pedido: que seja com ele, pra sempre, pra sempre.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Alguém

Nada melhor do que alguém.
Alguém que te mime.
Te dê dengo. Te surpreenda. Te ame.
Alguém que seja teu caminho.
Tua felicidade. Tua direção. Tua melhor escolha.
Alguém que entenda seu olhar.
Seus desejos. Sua preguiça. Sua fala.
Alguém que escreva teu livro.
Teus dias. Tua vida.
Alguém que faça você sorrir.
Gritar. Sussurrar. Faça você se sentir bem.
Alguém que te descreva de olhos fechados.
Sinta teu jeito de corpo presente ou não.
Alguém que sussurre em seu ouvido que te ama sem pedir. Alguém que te acorde com um beijo e diga como você é linda.
Alguém que faça você se sentir uma mulher amada.
Alguém que seja você, que use o nós, que um olhar seja capaz de dizer tudo e que um beijo de vocês seja capaz de dizer, eu te amo.
sábado, 14 de julho de 2012
Amor que não se pede, amor que não se mede

Faz 60 dias que eu durmo do teu lado, sinto tua respiração forte num sono profundo de noites frias. E lá ficamos, debaixo das cobertas, dormindo com a TV ligada e abraçados, como se fossemos inseparáveis, e quer saber? É, você é aquele pedaço que se eu perder, fico pela metade. Trágico? Talvez sim, mas do mesmo modo que é tão trágico é tão verdadeiro!
Faz 60 dias que eu ouço você reclamar do seu cabelo e ainda me custo de te convencer que você é lindo de qualquer jeito, mas te confesso aquela carinha preguiçosa e dengosa de quando você acorda, é a que eu mais amo.
Faz 60 dias que alguém mudou minhas rotinas nos finais de semana. Virou-me de cabeça para baixo e foi aí que eu descobri que esse era o lado certo.
Faz 60 dias que subo aquelas escadas cansativas do teu apartamento revelando como estou precisando fazer exercícios. Mas sabe o que é bom mesmo? É saber que quando entramos pela aquela porta eu posso te curtir e pegar no sono sem pedir, sem me obrigar, apenas por vontade minha, sua, nossa.
Faz 60 dias que eu acordo quando quero, abro os olhos e vejo teu rosto e suspiro, feliz por te ter ali do meu lado, e levantar depois do meio-dia, comer porcaria e deitar no sofá tentando encontrar alguma vontade para fazer algum trabalho chato de faculdade ou colégio.
Faz 60 dias que eu sou você, e você é eu. Que eu tenho um dono e me orgulho por isso, gosto de ser de alguém, e principalmente, de alguém que me cuide, me mime, me deixe dengosa, mexa no meu cabelo ou apenas me acorde com um beijo antes do despertar do celular.
Gosto do teu gosto, do teu cheiro de bebê, gosto de te ver bem, de te ver sorrir, de dançar feito malucos. Gosto da nossa janta, dos nossos almoços a base de torrada, gosto do teu vício por coca-cola. Resumindo gosto do saber que o eu e você existe, que o nós é firme e forte, é bonito e aconchegante. É confortável, é macio, é amoroso, é perfeito!
Faz 60 dias hoje, que eu me apaixonei pela melhor pessoa que possa existir neste mundo!
Escrito por Bruna Bettiol para Moisés Garbin.
Sentiu a diferença deste texto com os anteriores? Eu me apaixonei. Eu me encontrei.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
sábado, 28 de abril de 2012
Acho que eu merecia, alguém dengoso, aconchegante, uma espécie de algodão doce do amor, só que esse não enjoa e sim adoçica cada vez mais um beijo roubado em noites frias de início de inverno. Um cobertor humano que esquenta minhas mãos gélidas e compartilha meu coração quente, e acredite, não que nem aqueles que se encontram em lojas que custam caro, é daqueles que chegam sem avisar, te abraçam sem você pedir e te recobertam a cada murmúrio de que está com frio.
É uma espécie de bem estar, inserido em meus dias e relembrados nos demais. Estar tão encantada e saber que não é princesa, olhar para ele e saber que não é mágica, acreditar que está num conto de fadas mas jamais se permitir querer viver uma história irreal. Toques infantis dentro do nosso momento. Um livrinho com poucas páginas até então e com um rascunho enorme. Prazer, uma das autoras sou eu, você é aquele personagem que faz participação especial e principal. Um conto sem título. ''Era uma vez eu e você e espero que continue sempre sendo.'' Ou melhor, que tal começarmos com ''É dessa vez que dará certo.''
segunda-feira, 16 de abril de 2012
terça-feira, 10 de abril de 2012
terça-feira, 3 de abril de 2012
Entre laços e nós

domingo, 25 de março de 2012
domingo, 18 de março de 2012
Não era amor, ainda.

Era cedo demais.
Não era amor, ainda.
Ainda pode ser chamado de apego
Isso era considerado justificável.
Não era amor, ainda.
Ainda podia se chamado de 'curtição'
Isso fazia um bem danado.
Não era amor, ainda.
Ainda, sabendo que tinha tudo pra ser algum dia.
E se o 'algum dia' chegar
Favor que seja com o mesmo.
Esse processo até amar, demora e as vezes machuca.
Então que seja com o certo.
Se for amor, que seja amor por você.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Pintando descrições

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Um dia de sol
Olá Sol, não estou conseguindo te olhar nos olhos, você é forte demais perante a mim, me desculpe, estou tentando me esforçar, mas sinta-se observado e vem aqui me escutar, até que seu último raio tende a desaparecer com a chegada da noite serena de verão.

Eu me envolvi com a luz dele, como se os raios me circulassem por inteiro, 360º sabe? Me amarrassem e me aconchegassem como se nada mais importaria...Mas aí ele vira o planeta de cabeça pra baixo, diz coisas que... Volta aqui Bruna, me faz pensar que tudo isso nunca vai passar de ''amiguinhos que se cutucam''... E quando eu sinto amor?
E quando é do dia que eu gosto e a noite foi só o início pra agora isso estar assim, me apeguei.
Apega, desapega, apega, desapega, e eu tento aceitar que essas fases dele são normais, até que ele virou demais tudo isso, e eu preferi dormir eternamente.
Ok, você está indo embora, acho que a Lua está feliz, o espaço é dela agora, e eu? Ah Sol, um dia tudo isso na minha vida será sol, luz, razão.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Eu, robô

Cômico demais, mas você se identificou, não negue.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Você sabe que isto tira meu fôlego
Hoje andei lendo mais alguns trechos de uma escritora, em um deles, tinha o seguinte trecho que me despertou: ''Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema? Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei''
Sabe quando você se identifica? Pois é, na real, nem ele deve saber que estou meio que me sentindo uma formiguinha perdida no meio de um campo de futebol, e o engraçado é que nem eu sei se é amor, ou um tapa buracos, mas me enforca saber que em questão de minutos, discutimos e perdemos o contato por dias, e pior, nesses dias, eu abro umas mil vezes a janela do Msn dele, penso, repenso e não, eu me convenço que devo esperar ele vir. Aí os dias correm, e quando ele surge, ele me ganha, sem saber, sem se quer entender, mas eu queria pelo menos saber, poxa o que você quer? Eu to por ti, mas não consigo ter segurança, essas suas trocas de humores refletem no meu sentimento, então o branco se torna preto, o sol vira lua e a minha pergunta não encontra resposta alguma.
O que você quer de mim?
Talvez seja mesmo isso: ''Amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei''
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
There are many things I'd like to tell you.
Acha que sou o que? Um ser abstrato? Que tu crias quando tu queres? Chega! Eu cansei! Não finja que não tenho coração, e eu sou real, tá entendendo? Eu sou um ser concreto, por favor, por que finges? O que queres? Tu me encontras no meio do nada, eu te deixo me guiar e me abandonas assim, da mesma forma que nos encontramos, do nada, e como eu fico? Como será que eu estou? Sabe porque todas estas perguntas? Porque eu acho que to sendo aquele substantivo abstrato para ti, que não existe, que tu crias quando der uma vontade, assim, sem coração, e quer saber o que eu tenho querendo ser pra ti? Um substantivo concreto, mas tu não entendes nem de sentimento, imagina entender português.
Mas faz o seguinte, falando em gramática, a frase: ''Toquei o foda-se'', pode ser classificada da seguinte maneira:
Toquei é do verbo 'tocar' no qual segue pelo artigo O e o foda-se é uma palavra que eu costumo dizer quando eu vejo que não há consideração nenhuma da parte da pessoa.
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
Pinceladas sobre mim

Importar-se, é ter consideração mas te afeta e isto as vezes machuca.
Eu sei que as pessoas que tornam esta vida dura de se viver, é incompreensível como o mal pode vencer em certas situações, eu me revolto, dá vontade de gritar mas pra que se mostrar para essas pessoas malígnas? Elas vem pra cima de você, então, eu me calo, grito silenciosamente, como também choro, sorrio, e permaneço com minha face intacta, não sei se disfarço bem meus humores, mas uma coisa é certa, se me abraçar numa situação difícil, eu vou desabar.
Talvez esta seja a explicação certa quando as pessoas me machucam com simples palavras de Msn e eu consigo fingir que está tudo bem.
99 to com saudades de você

_ E hoje?
_ Ah, ela anda trocando o som do despertador para não enjoar, já que o som de mensagens ela só ouve de tarde, quando a operadora manda alguma coisa a respeito do seu saldo ou promoção. E quer saber da melhor? Ela as lê.
_ Por quê?
_ Isto se chama, esperança.
_ Esperança?
domingo, 22 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Falta desapego, falta parar de esperar, falta se tocar que nem tudo você vai conseguir dizendo 'eu te amo'. Porque sentimentos nunca servirão só para compartilhar, as vezes tem que guardar porque ignorar é o que as pessoas mais fazem bem.
Se alguém te pedir desculpas por não te amar do mesmo modo, o que você vai fazer? Será que o amor é tudo, sendo que você tem que viver ele sozinha? Por isso que tem gente que se fecha, por medo de amar ou por medo de sofrer. Um dia alguma coisa termina, seja o amor, ou seja o relacionamento, e aí você tem que fazer o que tá faltando: desapegar-se, conformar-se e ser feliz.
Se alguém te pedir desculpas por não te amar do mesmo modo, o que você vai fazer? Será que o amor é tudo, sendo que você tem que viver ele sozinha? Por isso que tem gente que se fecha, por medo de amar ou por medo de sofrer. Um dia alguma coisa termina, seja o amor, ou seja o relacionamento, e aí você tem que fazer o que tá faltando: desapegar-se, conformar-se e ser feliz.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Querido diário
![]() |
Ventou um pouco hoje... Olhei para fora e senti psicologicamente um frio que me deixou trêmula, senti vontade de bocejar e voltar para a cama, mas precisei levantar, eram seis horas, espreguicei-me levantando os braços até o meu limite, você vivia reclamando porque eu sempre te acordava com meu gritinho de 'saia preguiça de mim' e me puxava com suas mãos suaves, olhando-me e dizia que hoje iria fazer o café. Bem, eu acostumei a levantar, de pés descalços sob aquele chão gélido e aquele casacão que me cobria por inteiro, liguei a luz, meus olhos ainda desacostumados com a iluminação, se fecharam, esfreguei-os, peguei o fósforo, acendi o fogão, peguei a chaleira e coloquei água, acho que até demais, você sabe que sou péssima em saber quantidades na medida certa. Então enquanto a água esquentava, cortei um pão e passei manteiga sobre ele, simples café de manhã, você era expert em fazer mirabolantes doçuras durante o início da manhã, mas o pão me sustentou até o almoço, eu juro. Comprei manteiga de cacau, acho que pela primeira vez obedeci suas idéias que eu teimava em não por em prática, meus lábios estão mais hidratados, e o perfume que você me comprou, quebrou, fiquei magoada comigo mesma, mas eu gosto tanto daquele aroma que vou comprar outro, ah e organizei os talheres do jeito que você me cobrava, facas, garfos, colheres, tudo em sua respectiva caixinha, também, nem almoço mais em casa, depois de tudo, perdi meu cozinheiro, optei comer por aí, de vez em quando arrisco um miojo, mas nem esse eu sei fazer direito - precisei rir neste momento.
Hoje depois do trabalho, as minhas duas amigas que você vivia dizendo que elas te irritavam com aquelas gargalhadas fora do comum, passaram aqui em casa e compramos comida chinesa, Sushi me lembrou o dia que comemos e eu passei mal no dia seguinte, ficamos mais de 24 horas na cama, eu me queixando de dor e você levantando toda hora preparando seus chás milagrosos, nesse dia eu vi que até nas piores dores você estaria ali.
E assinei TV a cabo, num preço bom, passo o tempo todo assistindo programas pra suprir a falta. Aquela dor que você não pode compartilhar comigo e que nem seus chás milagrosos poderiam existir sem você estar aqui para fazer.
Mas ando bem, surpreendo-me porque espontaneamente ando dormindo no centro da cama, esquecendo assim, que éramos dois, agarro o travesseiro, cochicho boa noite para ele e peço-lhe para me trazer bons sonhos, que me faça acordar mais um dia as seis horas e assim, eu poder tentar fazer menos as coisas que eu só faço porque você fazia, você dizia, você criava.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
O resultado bom da vida
domingo, 1 de janeiro de 2012
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Um bye e um welcome, soam uma nova fase, vem dizer
Dois mil e onze, ah hoje é o penúltimo dia deste ano que
nunca mais voltará. Lacrar sem relembrar ou voltar, no dia primeiro de janeiro
de 2011, esse primeiro dia de todo ano já se tornou tão igual, mas confesso que
não vem em mente de como eu passei este primeiro passo da estrada que estava
por vir. Todo início vem com uma lista em nosso consciente, ‘este ano vou mudar
isto, fazer isto e consertar isto’, tá e agora? Dia 30 de dezembro você cumpriu
todas as suas metas? Ou algum personagem surgiu pra você mudar toda rota do que
havia planejado? Parou pra pensar que foram 365 dias que se foram, onde
monotonia virou tédio, onde amor virou amigo e amigos podem ter virado amores,
que sorrisos seguiram beijos com outros sabores e que alguns laços se soltaram
e outros se formaram? Eu adicionei
tantas coisas como aprendizagem e parecia que eu sabia tudo desde o início do
ano, pensei que nunca ia esquecer e acabei este filme apenas recordando que
havia esquecido, e isso me deixa tão aliviada e ao mesmo tempo tão enforcada,
não sei se levo comigo tralhas velhas pra usar em 2012 ou se deixo aqui, ou
melhor, e se essas tralhas me seguirem? Mentindo ou não, eu vou ceder, pra
ficar do meu lado ou pra permanecer no presente de alguma maneira, é porque de
certa forma, o velho já foi o novo pra mim um dia, desgastou-se, mas mudou-me e
porque deveria querer longe de mim? Tá, coisas más nos atrasam, mas não, essas
coisas negativas, eu não sei se queimo antes de sair deste ano ou guardo só pra
ter como registro, se bem que, queimar sem se queimar é como conseguir dormir
de olhos abertos. Provei o sabor das mesmas datas com um ano diferente e
com outro cenário, difícil é saber se algum mesmo dia foi
melhor que o outro, porque todo dia em algum ano diferente marcou nossa vida,
sejam datas iguais, sejam pessoas iguais ou situações iguais, a questão é que o
que o ano mudou, a fase mudou, você está crescendo a cada segundo que o relógio
está marcando.
E vai, eu to até bolando um novo relatório do que fazer neste novo calendário, o que mudar, o que querer aqui comigo e seja o que EU quiser, eu vou ter e permitir rir um pouco mais, levantar mais rápido e acreditar até o último otimismo morrer! Não foi tão ruim assim, este ano não foi o melhor para a
Bruna aqui, particularmente, mas hoje eu tenho dezesseis anos e ano que vem é
aquela fase que termino o Ensino Médio, me torno cada vez mais madura e
principalmente, cada vez mais independente e quer saber? Que venha logo essa
independência, de mim, de meus amigos, que juntos faremos a dependência de um
com o outro, na real, que venha 2012, dois milhões de motivos para sorrir doze
milhões de vezes! Um milhão de sorrisos a mais do que no ano que está acabando...
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Papo de garotas
Sabe o que é coisa de menina sensível? É você ler mil vezes sua briga com ele, e mesmo sabendo que vai machucar, ler mais uma vez pra tentar por na cabeça que ele te deixou. É você olhar mil vezes a foto dele ao som de uma música mais deprimente ainda, chorar na frente da tela do computador com um rolo de papel higiênico e com a porta trancada pra seus pais não entrarem nesse momento mazoquista, mas que te faz, de alguma forma, lembrar dele. É você fazer tudo pensando na reação dele, ir em uma festa, olhá-lo de longe, morder-se de vontade, sorrir e tentar demonstrar felicidade. É você ligar para sua amiga só pra contar sua revolta, ou seu choro da noite passada e sua amiga se acostumar que você acha qualquer pontinho pra falar dele. É você encaixar qualquer situação com a que viveu com ele, sentir falta, e comentar com alguma amiga, rir, fingindo estar consolada já. É você chorar sobre seu travesseiro, acordar inchada, passar um corretivo e ir ser feliz aonde for que você vá. É você parar, olhar num ponto fixo, enxaguar seus olhos com um balde de água e quando a ficha cair, uma lágrima já foi parar na folha do seu caderno. É você dizer que tá esquecendo, mas a primeira coisa que você faz é visitar as redes sociais dele. É você rir do que ele fez de ruim com você e chorar por dentro. É você querer outro pra tentar esquecer ele, mas não permite que nenhum outro entre na sua vida.
É você saber que é fraca, que se machuca mas, você fica forte perante o mundo. Sensibilidade não é defeito, se você está bem, ela está bem, se você está mal, ela te ajuda a continuar mal.
Um conto quase real
Chegou do trabalho, aquele ônibus lotado, fazia tempo que não voltava assim, seu ex namorado sempre lhe buscava. Largou sua bolsa que estava pesada demais naquele dia e jogou-se no sofá, suspirou como se fosse um alívio estar em casa, virou-se e de barriga pra baixo, fechou os olhos e numa questão de cinco segundos o celular emite um som de mensagem recebida, nem ligou, continuou no sofá, parada, quieta, exausta, mas a curiosidade fez ela estender seu braço, e nas pontas dos dedos puxar a bolsa para perto de si, abriu o feixe, o celular estava perdido dentro daquela imensidão de coisas, até que, percebeu a luz que a tela gerava e logo o encontrou, quem seria em plena sete horas e dezesseis minutos da noite mandando-lhe alguma mensagem, visualizou e percebeu que era o número que tinha salvado com o nome 'amor', suspirou nesse momento como se fosse um acalmador, então clicou e leu ''Oi, acho que não tenho mais o direito de te chamar de amor, mas por favor, me encontra daqui meia hora na praça aqui onde fomos a primeira vez?' '
Fazia um dia que ele tinha deixado ela, e foi da pior maneira possível, e era tão pouco tempo que nem conseguiu renomear o nome dele no celular, era tão pouco tempo que ela estava tão exausta com a vida que decidiu pela primeira vez, deitar naquele sofá e querer dormir, pra sempre...
Ignorou a mensagem, chorando, deitou e dormiu, despertou com um barulho na porta, acordou rapidamente, levantou, ajeitou a blusa e o cabelo, olhou pro celular que anunciava as dez horas e dez minutos, gritou ' Já estou indo, calma!' e foi em direção a porta, podia ser sua vizinha devolvendo o livro que tinha emprestado à ela, era a única pessoa que poderia esperar, sua maquiagem borrada traduzia sua situação a umas horas atrás, mas mesmo assim, abriu a porta e ele estava lá, coçou a cabeça e num tom de voz rouca e ao mesmo tempo decepcionada gritou:
_ O que você tá fazendo aqui?
Ele logo lhe responde:
_Eu te mandei uma mensagem e eu sei que você viu e porque não foi lá?
_Porque eu deveria ir?
_Nosso primeiro encontro foi lá.
_E queria que fosse o último também?
_Não, ia ser o primeiro de novo.
_Como?
_Nosso primeiro encontro, já casados.
_Do que você está falando?
_São dez horas e dezesseis minutos, tem uma mensagem no seu celular agora!
Ela indignada, se sentindo uma palhaça olhou pro celular, abriu a mensagem que dizia:
''Quer casar comigo? Prometo que se você não quiser ir até a praça, eu faço ela vir até você.''
Sorrindo e seus olhos, cor mel, já estavam molhados, abriu a boca sem saber o que falar, gaguejando, travando, conseguiu pronunciar-se:
_E ontem, porque quis acabar comigo?
Ele olhando fixadamente pra ela:
_Você acha que como eu ia preparar nosso casamento na praça se eu tinha que buscar você do trabalho? Eu amo você.
The One That Got Away
Assim que o
salto fino cravou no chão, saiu do carro sentindo uma corrente de uma típica
brisa londrina passar por seu corpo. Agarrou-se ao sobretudo com mais força e
trancou o carro. Ergueu os olhos para o velho prédio que estava as ruínas,
sorrindo automaticamente ao lembrar de quando sua vida era perfeita ali e não
sabia. Com um suspiro, deu vários passos até chegar aos três degraus
principais.
As paredes
desbotadas de tinta, o corrimão enferrujado e o mesmo cheiro de café ainda
predominavam nos corredores e se pegou sentindo saudades de todas as vezes que
subiu e desceu aquelas escadas, ouvindo os vizinhos brigando e cachorros
latindo.
Caçou o molho
de chaves dentro do bolso do casaco e assim que a maçaneta girou, sentiu o
peito despencando. O apartamento estava vazio. Isso era óbvio. E já esperava
que estivesse. Ficaria mais surpresa se encontrasse ele habitável do que
qualquer outra coisa.
Fechou a
porta atrás de si e permitiu caminhar até a sacada que tinha uma das vistas
mais brilhantes. À direita, dava para ver certinho a London Eye que tanto fez
sua felicidade nos dias em que se sentia só. Agora isso já fazia parte da sua
rotina. Digo, sentir-se só.
Deu mais uma
olhada em tudo e logo sentiu um suspiro sufocar-lhe a garganta. Caminhou pelo
apartamento que sempre fora bem iluminado enquanto ouvia a madeira no solo
ranger.
Riu sozinha.
Lembrou-se do
dia de seu aniversario e que ele tentou-lhe fazer uma surpresa pela manhã, mas
o barulho do assoalho era tanto, que ela acabou acordando e estragando a surpresa.
O riso se
perdeu entre as paredes.
Sentiu o
coração apertar quando deparou-se com a porta de vime em que haviam pintado
juntos. Empurrou com o joelho e encostou-se nela, passando os olhos lentamente
pelo quarto.
Reviveu cada
móvel localizado em cada lugar e pode jurar que viu suas meias prediletas
perdidas embaixo da cômoda dos livros enquanto a toalha molhada dele estava
jogada em cima da cama. Analisou em sua mente a cadeira perto do armário cheia
de roupas em cima e o cantinho da cama que tanto arrancou-lhe a pele de seu
mindinho. Permitiu-se sorrir por um instante enquanto fechava os olhos.
Respirou
fundo e jurou sentir o perfume dele misturado com loção pós barba. Barba que
ele insistia em dizer que tinha por sinal, mas jurou nunca ter visto nenhum
pelo em seu rosto. Ouviu ao longe um xingamento, típico de quando ele derrubava
alguma panela quando tentava se aventurar na cozinha.
Sentiu os
olhos umedecerem apesar de estar fechados. Trincou os dentes, odiando-se por um
segundo. Abriu os olhos e voltou à realidade. Havia acabado. Tudo na vida tem
um final, não é?
Sentiu a
raiva subindo e ignorou todos os pensamentos fúteis que ainda a prendiam ai e
deu meia volta, retornando a sala vazia. Mas qual era o seu problema? Porque
simplesmente não podia aceitar que agora sua vida era sozinha e que ele havia
achado alguém que o fazia feliz?
Sempre teve
certa relutância com términos, mas esse tinha sido o mais doloroso. Talvez por
todas as lembranças. Pela felicidade proporcionada. Pelas risadas. Pelas brigas.
Pelo apartamento que dividiram. Pelo mundo que construíram juntos.
Olhou para os
lados e percebeu que finalmente estava perto da saída, mas seu coração deu mais
um salto quando jurou ver perto da janela, nada mais do que .. letras.
Andou até o
local e reconheceu a caligrafia.
De tinta de
caneta preta contra a madeira branca do parapeito da janela da cozinha,
conseguiu ler: Eu sinto sua falta.
Suspirou e
tentou pensar que isso havia sido escrito por ela mesma enquanto ele viajava
com a banda e ela sentia-se sozinha no apartamento. Tentou criar uma cena dela
mesma escrevendo isso. Não queria admitir a verdade.
Não queria
admitir que ele havia escrito aquilo. E pior ainda: que era recente.
Sentia uma
falta imensurável de todo o passado, mas certas coisas terminam para que
melhores comecem. Não que ela havia encontrado algo ou alguém melhor depois do
termino, mas ele havia. E ela tinha de respeitar sua escolha. Mas como, se nem
ele mesmo respeitava?
Permitiu-se
chorar pela ultima vez ali, no lugar onde havia sido seu mundo por tantos anos.
Permitiu-se sentir o abraço frio de tantas lembranças, para que finalmente
quando erguesse o chão do piso frio da cozinha, enxugasse os olhos e não
voltasse mais para lá.
Por mais que
sua vontade fosse permanecer para sempre.
Em outra vida, eu seria sua garota nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo. Em outra vida, eu faria você ficar então eu não teria que dizer que você foi aquele que foi embora.
Autora: Brenda Vizzotto
Em outra vida, eu seria sua garota nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo. Em outra vida, eu faria você ficar então eu não teria que dizer que você foi aquele que foi embora.
Autora: Brenda Vizzotto
Pedi silêncio e morri por dentro, sem ter com quem conversar, me isolei, sem ter assuntos comigo mesma, tudo ficou sem som, sem vida, sem sentido, e quando gritei por vozes, ruídos fortes me trouxeram a surdez, quis enxergar mais, já que não havia mais sentido ouvir palavras tão firmes e inválidas, mas ver palavras assim me deixaram cegas, então pedi mais sorrisos, sorri sem motivo, e garanto que não ter algum sentido pra sorrir é insuportável, então pedi alguém, só para criar nosso silêncio, nossa voz, nosso olhar e nosso sorriso, então surgiu você.
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